terça-feira, 22 de junho de 2010

Copa do Mundo estranha!

Estamos em plena Copa do Mundo! Que, aliás, anda bem fraquinha. Jogos de medianos para ruins e pouca, muito pouca coisa, parecido com a Liga dos Campeões da Europa, na minha opinião o melhor campeonato de futebol do planeta. Não digo que a Champions só tenha jogos imperdíveis, tem também muita coisa medíocre mas... Olha os exemplos: O Lyon, time francês, foi a semi final do torneio europeu; já a seleção francesa deixou hoje a Copa do Mundo, de cabeça baixa e com uma das piores apresentações em mundiais da história. O Drogba, craque decisivo do Chelsea e gols nos últimos instantes; que atuação foi aquela diante do Brasil? - Tá bom! O menino quebrou o braço, poderiam alegar alguns... De qualquer forma... Bom, neste exemplo poderia ficar para sempre... O Gerrard e Lampard da seleção inglesa que não são nem de perto os maestros de seus times na Premier League, o Cristiano Ronaldo - que gol ridículo para o jogador mais caro do mundo aquele contra a fraca Coréia do Norte, O Messi que apesar das boas jogadas na Copa está longe de ser o carrasco do Arsenal nas quartas de final  da Champions... Enfim já tivemos a oportunidade de ver esse ano os melhores em suas melhores fases e agosto/setembro ela começa de novo! Então quem vê a Copa como um torneio de futebol, como eu, está um pouco frustrado. A primeira fase esta acabando, torço por uma fase final com mais futebol e menos fofoca de imprensa - assunto para outro post...   

terça-feira, 8 de junho de 2010

Fim de Lost

Passadas duas semanas da apresentação do último episódio de Lost, resolvi comentar. Logo depois de sua exibição a internet ficou coalhada de comentários sobre o fim da série e o ultimo episódio. Preferi esperar a poeira baixar... Como seria de se esperar o fim não agradou a todos como, aliás, a série inteira. Desde a estréia Lost se firmou como a clássica série “ame-a ou deixe-a” nunca houve meio termo. Maravilhosa ou cansativa não se pode negar que Lost inventou uma nova maneira do público lidar com as séries televisivas, tanto é verdade que o canal AXN, no Brasil, exibiu o ultimo episódio menos de 48 horas depois de ele ter sido exibido nos EUA o que reforça a idéia de que a série Lost visava um público bem mais amplo que a audiência americana. Isso ficou claro desde o começo com personagens de diversas nacionalidades que passaram muitas temporadas falando suas línguas pátrias e foram legendados nos Estados Unidos, algo inacreditável e inaceitável na TV aberta americana. Também foi visível, nos ricos extras das caixinhas com a temporada completa o espaço de diálogo da série com o restante do mundo. Sem falar na febre dos incansáveis downloads...

Aqui vale o agradecimento aos perfeitos tradutores Psicopatas, melhores do que os oficiais e aos amigos Tales e Thiago pelos auxílios luxuosos na, digamos, distribuição...

De fato Lost não contou com nenhum excelente ator. Muitos tiveram seus momentos na série, mas nenhum deles atingiu a excelência embora seja preciso frisar que Jorge Garcia como Hurley, Michael Emerson como Ben e Terry O’Quinn como Locke estiveram ótimos. Incluem-se ainda as boas atuações de Josh Holloway como Sawyer e Henry Yan Cusick como Desmond, mas para esses, os bons personagens foram um pouquinho maiores do que suas possibilidades de atuação. Apesar disso todos os atores tiveram suas boas cenas e o mico ficou para Rodrigo Santoro que até agora não sabe o que foi fazer no Havaí. Ah! A Evangeline enfeiou um pouco também.

O enredo rocambolesco levou a série para bem longe do que poderia ser um “Perdidos na Selva.” Física quântica e ursos polares impossíveis de combinação química a olho nu, entrelaçaram-se numa trama exótica que fez do universo de Lost um ambiente de pouca previsibilidade e muitas surpresas. Nas duas últimas temporadas o inexplicável também se debruça sobre aventura. Jacob e o homem de preto passaram a ser um contraponto interessante as explicações mais científicas e racionais sobre o que seria a Ilha. Resposta que não poderia nunca ser dada por completo ao fim da série. Isso desagradou um montão de gente, mas se pensarmos bem qualquer resposta absoluta seria apenas razoável. Ela não pode ser “tudo ao mesmo tempo agora?”. Pólo magnético, túnel do tempo, laboratório de pesquisa, o purgatório... Afinal o planeta que vivemos não mais ou menos assim? Longe de mim aceitar facilmente um explicação mágica para os eventos, mas nem todos pensam igual e se na hora de contar a história do homem no mundo e no tempo levo em consideração o que eu penso, o que outros pensam e os que estavam lá no tempo pensavam, para responder o que era a Ilha tenho que admitir esses mesmos pressupostos. Já não é um clichê que a realidade é inapreensível? Então por que sofrer se os roteiristas não disseram com todas as letras a Ilha é isso! Eles disseram que a ilha é tudo isso e isso não basta? Fica uma idéia de transitoriedade que acho bacana: sabemos das coisas de um ponto em diante e até certo ponto. Mais do que isso não nos foi revelado ou, como na maioria das vezes, não temos elementos suficientes para contar e entender, só fazer suposições. Portanto o enredo parece conduzir não para uma explicação formal e sim para exposição dos elementos que temos acesso, que podemos compreender, que os vestígios nos legaram... O todo infelizmente, para tudo na vida, é impossível.

Tudo bem que aquela capela no final com aquele vitral em que se observam os ícones de todas as religiões do mundo deixou um gosto amargo de mágica explicando tudo. Mas no fundo aquilo ali não tem nada a ver com as perguntas que fizemos ao longo da série. O final de verdade é o Jack morto! O herói por excelência cumpre sua moira. Mata o vilão, salva a Ilha e salva todo mundo, quer dizer, quase todo mundo e morre feliz. Bom trabalho Jack! Sabemos que Hugo fica como o guardião de seja lá o que for a Ilha e aquela caverna luminosa que transforma uns em fumaçinha e outros não e o Ben fica como seu segundo.

... A produtora do seriado anuncia que na caixinha da última temporada teremos uns 14 minutos desta convivência dos dois na Ilha, bom prá nós que gostamos da série...

É ao mesmo tempo bom e ruim que a série tenha terminado. Bom por que não havia mais necessidade de esticar aquela conversa. Aliás, acho que tivemos um ano extra. Com algum esforço cinco temporadas seriam perfeitas para contar a mesma história... Ah! os interesses comerciais... Vá lá! Eles é que financiam a brincadeira vamos respeitá-los... Mas lembram como ficou arrastado o final de Arquivo X pelos mesmos interesses?... Neste sentido parece que a decisão de encerrar, seja de quem tenha partido a idéia, foi nobre. Por outro lado os que assistiam a série ficam órfãos de outra semelhante em exibição atualmente. Não há nada tão divertido na TV... Estamos todos Lostidos.