quinta-feira, 15 de abril de 2010

Isso ninguém pode negar








Passada a calamidade das primeiras semanas após os temporais que castigaram o Rio de Janeiro e principalmente a cidade de Niterói tenho a impressão que cabem algumas considerações. Primeiro o absurdo número de mortos, feridos e desabrigados por conta da chuva e isso ninguém pode negar. Como pode uma chuva, por mais forte que seja, causar tanto estrago? Falamos aqui de um temporal forte, incomum e de uma precipitação elevada para tão curto período, mas bastante distante de uma tragédia natural com as quais o prefeito de Niterói, Jorge Roberto Saad Silveira, justificou sua leniência com a cidade. - Não prefeito! O temporal no Rio de Janeiro não foi nenhum Tsunami e isso o senhor não pode negar! Pode se acovardar como fez, pode se indignar e chorar como a maioria dos brasileiros, mas culpar a natureza é sacanagem! Concordo que a natureza tem sido a menina dos olhos da demagogia contemporânea e seus chavões óbvios Mas, o que esta em xeque é a incapacidade do poder público gerir de forma democrática e ambientalmente sustentável o espaço urbano e não o fim dos tempos por uma catástrofe ambiental. Desde as aulas de ciência no primário, embora ruins onde estudei quando criança, eu sei que o universo está sujeito a movimentos naturais violentos e até inesperados, portanto imagino que o poder público há muito está informado disso e, neste sentido, sabedor da violência inconteste da natureza em alguns momentos deveria zelar pela ocupação do espaço urbano e sua utilização de forma democrática. Mas não! É mais fácil culpar a natureza. Não sou nenhum ambientalista xiita, mesmo por que não compreendi ainda a necessidade de discutir o efeito estufa se não conseguimos ordenar de maneira correta e justa os espaços urbanos mesmo sabendo que existe uma ligação entre as duas coisas. Isso, ninguém tem negado. Hoje as notícias são sobre a erupção de um vulcão nas geleiras de Eyjafjallajokull, na Islândia, adormecida desde 1821, para sinais de atividade sísmica, e o norte da Europa mergulhou em caos nos serviços de transporte. Não há notícias sobre mortos, aliás, as notícias são de que os habitantes que viviam ao pé do vulcão foram todos retirados em segurança e acolhidos em áreas menos perigosas. Menos mal. Não quero nem comparar a habilidade de remoção de pessoas de áreas de risco de Niterói, no Rio de Janeiro e de Eyjafjallajokull, na Islândia seria um desperdício de tempo, pois já sabemos o resultado. O que me inquieta é que, por problemas diversos, pessoas precisem viver encarapitadas sobre um aterro sanitário ou acocoradas ao pé de um vulcão. Lugares assim não são para se morar. Alguém nega isso?


quarta-feira, 7 de abril de 2010

Coisas que não comentei...

Coisas que não comentei esses dias por causa do feriado!

O Messi - Que jogador! É bom ver caras como ele jogando. Por mais que tenha massacrado meu coração de torcedor do Arsenal, é inegável que o futebol do argentino é incomparável. Concordo com os que disseram: - Messi 4x1 Arsenal.

A chuva no Rio – O Rio é lindo, mas quem já viu de perto sabe que é, na mesma proporção, cheio de problemas. Ocupação desordenada é o mais sério, em minha opinião. Nós aqui do Cerrado, quando lá estamos, sabemos o que é chuva de verdade. Eu que já presenciei tempestades no Rio só posso imaginar como deve ter sido essa semana. Que a chuva de uma trégua! Chega de mortes.

A Ferrari - As vermelhinhas estão me matando! Só isso.

A ditadura de Geneton – Excelente entrevista de Geneton Moraes Neto com o general Leônidas Pires exibida sábado na Globo News. Duas coisas: Suborno de dirigente do Partido Comunista para delatar “companheiros”; e como o discurso de direita do General ainda pretende o convencimento. Sábado tem mais com o General Newton Cruz.

A Sony – Esse feriado fui a Sony Style no Park shopping em Brasília. Tava atrás do God Of War III. Fui tratado como uma besta por um gerente vestido como mafioso cafona, com camisas de risca de giz mal acabadas e calças no mesmo ‘Style’. Aquelas mangas e golas brancas... Faz favor... Que cafona! E, além disso, grosseiro! Que fique claro: Em qualquer lugar do planeta você compra produtos da Sony, até na feira, e sempre mais baratos do que na loja oficial, portanto se vamos a uma loja de fábrica o que esperamos é atendimento de qualidade e já que vamos pagar mais por essa qualidade que ela, pelo menos, exista!