Tem hora que eu acho que algumas coisas têm que acabar. Preferiria que fossem assim de repente. A fome no mundo se enquadra perfeitamente nisso. Mas também, falta de saneamento na minha cidade, egoísmos políticos, decisões unilaterais, desrespeito a diversidade (étnica, cultural e sexual) e mais uma lista enorme. Ah! Pessoas ignorantes (não as que não tiveram chance de sair dessa condição, mas as que permanecem nela mesmo tendo todas as chances) podiam também desaparecer de uma vez arrastados por um tsunami destruidor. Mas isso é utopia! Infelizmente. Não existe voluntarismo capaz de mudar problemas tão grandes. O maior problema é que sempre achei que essa minha vontade tivesse a ver só com inquietações de fundo político-filosófico. Mas de uns tempos pra cá venho querendo acabar de uma vez com coisas fúteis do cotidiano. Hoje por exemplo fiquei ‘puto’ (perdão pela expressão, ainda não tinha usado nenhum palavrão aqui no Piranopira). Há anos gosto de ‘carrinhos de corrida’. Paro tudo pra ver na TV os bólidos apressados e seus pilotos maravilhosos. Para mim corrida de carros é igual à pizza e sexo, mesmo frio e sem graça é bom. Mas meu programa predileto anda comprometido e o vilão, mas precisamente a vilã que vem eliminado minha paciência, é a chamada Venus Platinada mais conhecida como Rede Globo. Na madrugada de ontem para hoje ocorreu a segunda etapa do campeonato de Fórmula 1. Sinceramente está cada vez mais difícil não desejar o desaparecimento do Galvão junto com os ignorantes no tsunami gigante. Entendo que o cara está nessa função há quase meio século, já viu de tudo e blábláblá! Mas vamos falar sério: - o cara vê outra corrida, seus comentários ufanistas comprometem o entendimento dele e dos outros, é repetitivo que cansa, fala tudo dez... vinte vezes, como se o dissesse tudo pela primeira vez, joga confete em si mesmo a todo tempo, inibe sua equipe de trabalho ao sobrepor sua voz acima de seus colegas, nunca está errado, não esquece o Senna (que por conta dele não descansa). A máxima do fim de semana de corrida, a qual repetiu 600 vezes, foi: - essa diferença de meio segundo entre o Massa e o Alonso não existe! Não Galvão, não existe uma diferença de meio segundo entre os dois. O que os separa são os dois títulos mundiais que o espanhol venceu e os zero títulos que o brasileiro possui. Ontem, por causa da chuva lá em Melbourne e das milhares de alternativas que a corrida apresentou Massa chegou na frente de Alonso. Para Galvão: - ‘Eu não disse!’. Para nós, amantes do esporte, o desespero. Mas uma vez ele não viu a corrida e olha que fazia tempo que não tínhamos, no circo da F1, uma corrida tão boa. Para piorar hoje quem não viu a corrida fomos nós. Na abertura da mais importante categoria do automobilismo nacional, a Stock Car, a patroa do Galvão, a detentora dos direitos de transmissão no Brasil da F1 e da Stock brasileira, optou por nos apresentar um salto de bungee jump sem graça, igual a todos os outros. No meio da prova que acontecia em Interlagos fomos obrigados a examinar a comum e igualzinha cobertura de um salto na boca de uma caverna. Cacá Bueno, filho do Galvão, funcionário da Venus Platinada, tinha chance de vitória, se aproximava de Max Wilson, mas eu sequei o cara, só de raiva, do pai, da Globo, das besteiras que ouvimos no final de semana de corrida, e dos dez minutos de corrida que nos foram autorizados a ver da Stock, furou o pneu do baby Bueno e ele chegou lá atrás dos principais pilotos. Fico me perguntando o que faz uma emissora manter um cara como o Galvão nas transmissões de F1? Também fico me perguntando até quando a categoria máxima do automobilismo brasileiro vai disputar seu espaço com saltos em bocas de cavernas? Existem emissoras capazes de valorizar as corridas, não só como produto como faz a Globo, mas também como esporte. Tem coisas que têm que acabar. (Foto Associeted Press - Mark Baker)
Juju, porque essas pessoas não se aposentam com dignidade ao invés de encherem os nosso ouvidos de mer.....? Para o galvão eu tenho umas sugestões: vai criar gado, colecionar carros importados, comprar um time de futebol; mas, por favor, desapareça!
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