quarta-feira, 24 de março de 2010

Me apresentar os problemas tudo bem! Mas não venha me dizer como pensar.

Que a imprensa pauta a sociedade, ou decide que questões, quentes, que vão fazer parte das discussões entre as pessoas no seu cotidiano, é mais que claro. Não vamos discutir isso. Seria um ‘cavalo de batalha’ e não teria fim. Vamos aceitar essa tese: A imprensa, ou a grande imprensa no Brasil e talvez em todo o mundo, onde ela esteja supostamente livre, decide o que serve ou não de assunto aquele dia, semana, mês e, em alguns casos, anos. Os Exemplos estão em toda parte e isso não é necessariamente ruim, mas também não é, para insistir no termo, necessariamente bom. Deixemos assim. A imprensa é e deve continuar sendo livre, mas nós também somos. É aqui que cabem algumas contramedidas. Cataclismos naturais, assassinos de criancinhas, o subir e descer de bolsas de valores, a política, os interesses econômicos e até o exótico, nos chegam do mesmo jeito. Tudo engarrafado do mesmo modo. Seja na televisão ou na imprensa escrita, e mesmo na rede mundial, as notícias (ou no caso, os temas que a imprensa deseja que discutamos) são dispostos de acordo com o interesse da edição. Depois de lermos ou assistirmos os encadeamentos provocados pelo jornalista e pelo editor de um julgamento brutal de assassinato, somos obrigados a assistir... Sei lá... Uma corrida de burros no interior de sei lá onde. Um bate e assopra bem esquisito. Morte seguida de esperança, desmoronamentos econômicos seguidos da história de fulano de tal que superou as dificuldades com uma idéia criativa, doença seguida práticas naturais de não sei que lugar para curar a ansiedade do mundo moderno e ao final, quase sempre (sempre mesmo), os esportes para passar a borracha geral. Nessa hora o perigo deixa de ser a notícia e passa a ser a maneira pela qual os editores dos veículos de imprensa querem que nós discutamos o caso. Voluntarista, a imprensa acredita que ordenando as notícias e o mundo neste jogo de espelhos pode ela própria, além de pautar as discussões na sociedade, solucionar o problema. É ai tudo descamba para a bobagem e a obviedade. Jornalistas almofadinhas, jornalistas alternativos, jornalistas esportivos e correspondentes internacionais, mesmo os bem preparados, descambam a solucionar os problemas pelo exercício da verborragia. Neste momento é que tem que ficar claro: - a imprensa escolher os assuntos que merecem destaque nós até agüentamos, os editores escolherem a forma de engarrafar seu produto para vender mais e atrair mais audiência nós até compreendemos a tal lógica de mercado, mas jornalista voluntarista afirmar em comentários de 30 segundos ou em textos de no máximo 30 linhas, ou colunas de quarto de página de jornal, que tem o remédio para os males que assolam o mundo aí eu não agüento. E você? Agüenta?

4 comentários:

  1. Não,eu também não aguento e vai ver que é por isso que eu ando cada vez menos propensa a buscar notícias e informações em nossos meios de comunicação. Me cansa muito o suposto esclarecimento de caras imbecis como Arnaldo Jabor e outros dessa mesma laia. Não, não, passa amanhã...
    Beijo, Ju, o blog está ótimo

    ResponderExcluir
  2. sempre fui desconfiado com relação a toda informação divulgada princilpamente na tv, mas tratando-se do cuidado com a informação, acredito que depende muito do tipo de midia que a informação é tramitada e pra quem é a informação.tô chovendo no molhado?!

    ResponderExcluir
  3. Aguento mais custa... Já sou desconfiada de muitas coisas, e se tratando de noticias divulgadas pelos meios de comunicação sou desconfiada ao dobro. Sempre que vejo determinada matéria me questiono se aquilo realmente ocorreu daquela forma! Mas creio que nem sempre as noticias são passadas com toda a "realidade" possível. Estas noticias são recortadas e até me atrevo dizer "enfeitadas" pelos meios de comunicação.O sensacionalismo faz parte, sem ele o que seria dos programas de televisão!?

    O mais interessante é que logo após um jornal (que muitas vezes nos fazem até ri), as emissoras insistem em passar novelinhas de finais felizes ou programinhas sobre casos familiares. Será que eles não percebem que há pessoas no mundo que não tem o mínimo interesse em saber de vidas alheias?? Mas fazer o que se este número é reduzido... Pelo menos ainda existem emissoras que nos trazem algo cultural como cultura, tv escola e dentre outras.

    BjoO Jú!!

    ♥~By Day~♥

    ResponderExcluir
  4. Os limites entre certo e errado são definidos por crenças que edificam verdades, que por fim revelam a realidade subjetiva.
    É chato observar a imprensa inserir comentários na grande massa com a intenção de corromper a subjetividade natural e diversificada...

    Enfim, é neste momento que se faz útil o senso crítico!

    ResponderExcluir