"piranopira é um espaço livre por excelência, território neutro por natureza e casa de idéias por inspiração"
terça-feira, 22 de junho de 2010
Copa do Mundo estranha!
terça-feira, 8 de junho de 2010
Fim de Lost
Passadas duas semanas da apresentação do último episódio de Lost, resolvi comentar. Logo depois de sua exibição a internet ficou coalhada de comentários sobre o fim da série e o ultimo episódio. Preferi esperar a poeira baixar... Como seria de se esperar o fim não agradou a todos como, aliás, a série inteira. Desde a estréia Lost se firmou como a clássica série “ame-a ou deixe-a” nunca houve meio termo. Maravilhosa ou cansativa não se pode negar que Lost inventou uma nova maneira do público lidar com as séries televisivas, tanto é verdade que o canal AXN, no Brasil, exibiu o ultimo episódio menos de 48 horas depois de ele ter sido exibido nos EUA o que reforça a idéia de que a série Lost visava um público bem mais amplo que a audiência americana. Isso ficou claro desde o começo com personagens de diversas nacionalidades que passaram muitas temporadas falando suas línguas pátrias e foram legendados nos Estados Unidos, algo inacreditável e inaceitável na TV aberta americana. Também foi visível, nos ricos extras das caixinhas com a temporada completa o espaço de diálogo da série com o restante do mundo. Sem falar na febre dos incansáveis downloads...
Aqui vale o agradecimento aos perfeitos tradutores Psicopatas, melhores do que os oficiais e aos amigos Tales e Thiago pelos auxílios luxuosos na, digamos, distribuição...
De fato Lost não contou com nenhum excelente ator. Muitos tiveram seus momentos na série, mas nenhum deles atingiu a excelência embora seja preciso frisar que Jorge Garcia como Hurley, Michael Emerson como Ben e Terry O’Quinn como Locke estiveram ótimos. Incluem-se ainda as boas atuações de Josh Holloway como Sawyer e Henry Yan Cusick como Desmond, mas para esses, os bons personagens foram um pouquinho maiores do que suas possibilidades de atuação. Apesar disso todos os atores tiveram suas boas cenas e o mico ficou para Rodrigo Santoro que até agora não sabe o que foi fazer no Havaí. Ah! A Evangeline enfeiou um pouco também.
O enredo rocambolesco levou a série para bem longe do que poderia ser um “Perdidos na Selva.” Física quântica e ursos polares impossíveis de combinação química a olho nu, entrelaçaram-se numa trama exótica que fez do universo de Lost um ambiente de pouca previsibilidade e muitas surpresas. Nas duas últimas temporadas o inexplicável também se debruça sobre aventura. Jacob e o homem de preto passaram a ser um contraponto interessante as explicações mais científicas e racionais sobre o que seria a Ilha. Resposta que não poderia nunca ser dada por completo ao fim da série. Isso desagradou um montão de gente, mas se pensarmos bem qualquer resposta absoluta seria apenas razoável. Ela não pode ser “tudo ao mesmo tempo agora?”. Pólo magnético, túnel do tempo, laboratório de pesquisa, o purgatório... Afinal o planeta que vivemos não mais ou menos assim? Longe de mim aceitar facilmente um explicação mágica para os eventos, mas nem todos pensam igual e se na hora de contar a história do homem no mundo e no tempo levo em consideração o que eu penso, o que outros pensam e os que estavam lá no tempo pensavam, para responder o que era a Ilha tenho que admitir esses mesmos pressupostos. Já não é um clichê que a realidade é inapreensível? Então por que sofrer se os roteiristas não disseram com todas as letras a Ilha é isso! Eles disseram que a ilha é tudo isso e isso não basta? Fica uma idéia de transitoriedade que acho bacana: sabemos das coisas de um ponto em diante e até certo ponto. Mais do que isso não nos foi revelado ou, como na maioria das vezes, não temos elementos suficientes para contar e entender, só fazer suposições. Portanto o enredo parece conduzir não para uma explicação formal e sim para exposição dos elementos que temos acesso, que podemos compreender, que os vestígios nos legaram... O todo infelizmente, para tudo na vida, é impossível.
Tudo bem que aquela capela no final com aquele vitral em que se observam os ícones de todas as religiões do mundo deixou um gosto amargo de mágica explicando tudo. Mas no fundo aquilo ali não tem nada a ver com as perguntas que fizemos ao longo da série. O final de verdade é o Jack morto! O herói por excelência cumpre sua moira. Mata o vilão, salva a Ilha e salva todo mundo, quer dizer, quase todo mundo e morre feliz. Bom trabalho Jack! Sabemos que Hugo fica como o guardião de seja lá o que for a Ilha e aquela caverna luminosa que transforma uns em fumaçinha e outros não e o Ben fica como seu segundo.
... A produtora do seriado anuncia que na caixinha da última temporada teremos uns 14 minutos desta convivência dos dois na Ilha, bom prá nós que gostamos da série...
É ao mesmo tempo bom e ruim que a série tenha terminado. Bom por que não havia mais necessidade de esticar aquela conversa. Aliás, acho que tivemos um ano extra. Com algum esforço cinco temporadas seriam perfeitas para contar a mesma história... Ah! os interesses comerciais... Vá lá! Eles é que financiam a brincadeira vamos respeitá-los... Mas lembram como ficou arrastado o final de Arquivo X pelos mesmos interesses?... Neste sentido parece que a decisão de encerrar, seja de quem tenha partido a idéia, foi nobre. Por outro lado os que assistiam a série ficam órfãos de outra semelhante em exibição atualmente. Não há nada tão divertido na TV... Estamos todos Lostidos.
terça-feira, 18 de maio de 2010
Fica a letra que provocou a discussão anterior!!!
Blues da Piedade
Composição: Roberto Frejat/Cazuza
Agora eu vou cantar pros miseráveis
Que vagam pelo mundo derrotados
Pra essas sementes mal plantadas
Que já nascem com cara de abortadas
Pras pessoas de alma bem pequena
Remoendo pequenos problemas
Querendo sempre aquilo que não têm
Pra quem vê a luz
Mas não ilumina suas minicertezas
Vive contando dinheiro
E não muda quando é lua cheia
Pra quem não sabe amar
Fica esperando
Alguém que caiba no seu sonho
Como varizes que vão aumentando
Como insetos em volta da lâmpada
Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Pra essa gente careta e covarde
Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Lhes dê grandeza e um pouco de coragem
Quero cantar só para as pessoas fracas
Que tão no mundo e perderam a viagem
Quero cantar o blues
Com o pastor e o bumbo na praça
Vamos pedir piedade
Pois há um incêndio sob a chuva rala
Somos iguais em desgraça
Vamos cantar o blues da piedade
Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Pra essa gente careta e covarde
Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Lhes dê grandeza e um pouco de coragem
Urânio!@! Hoje o piranopira tem participação do Karley
Determinadas pessoas não compreendem a grandeza de alguns gestos. Não estamos falando dos gestos que marcam uma forma de poder como a mão levantada acima da cabeça que serviu de base para o complexo jogo de propaganda de algumas ideologias. – Hi Hitler! – Ave César! Ou – Anauê! O que nos intriga é a maneira de ver e observar, de algumas pessoas, os acontecimentos, sem levar em consideração as formas dos gestos. Parece que existe uma cegueira generalizada no diz respeito às práticas de observação do mundo que está em sua volta. Os Estados Unidos, “useiros e veseiros” em dar palpite no mundo, ficaram PUTOS com a participação do Brasil no debate sobre a produção de urânio enriquecido no Irã. De fato não concordamos com a produção de urânio enriquecido em lugar algum, salvo para uso energético. Mas não podemos cegar para a independência que cada sociedade deve ter no uso de suas riquezas naturais e tecnológicas, é isso que as coloca no cenário mundial. Longe de ser uma solução, a proposta apresentada pelo Brasil e pela Turquia se apresenta como um gesto. Um passo em direção de um diálogo mais amplo no concerto das nações. O Brasil não solucionará esse impasse, só gesticula ao mundo que os EUA não podem discernir para sempre quem pode e quem não pode fazer o que quer.
terça-feira, 11 de maio de 2010
Hoje é dia de falar da Seleção Brasileira
quarta-feira, 5 de maio de 2010
Lost
Podemos começar de novo
Depois que o vulcão Eyjafjallajokull resolveu atrapalhar mais uma vez as companhias aéreas européias eu resolvi voltar a escrever para o piranopira. Sei do meu desleixo nestes últimos dias com essa casa, mas não foi por mal, foi preguiça mesmo. É claro que não é por falta de assunto que fiquei ausente, aliás, assunto tem demais por aí e dos mais diversos. Então vamos retomar a nossa vida e nos encontrar com mais regularidade.
quinta-feira, 15 de abril de 2010
Isso ninguém pode negar
quarta-feira, 7 de abril de 2010
Coisas que não comentei...
Coisas que não comentei esses dias por causa do feriado!
O Messi - Que jogador! É bom ver caras como ele jogando. Por mais que tenha massacrado meu coração de torcedor do Arsenal, é inegável que o futebol do argentino é incomparável. Concordo com os que disseram: - Messi 4x1 Arsenal.
A chuva no Rio – O Rio é lindo, mas quem já viu de perto sabe que é, na mesma proporção, cheio de problemas. Ocupação desordenada é o mais sério, em minha opinião. Nós aqui do Cerrado, quando lá estamos, sabemos o que é chuva de verdade. Eu que já presenciei tempestades no Rio só posso imaginar como deve ter sido essa semana. Que a chuva de uma trégua! Chega de mortes.
A Ferrari - As vermelhinhas estão me matando! Só isso.
A ditadura de Geneton – Excelente entrevista de Geneton Moraes Neto com o general Leônidas Pires exibida sábado na Globo News. Duas coisas: Suborno de dirigente do Partido Comunista para delatar “companheiros”; e como o discurso de direita do General ainda pretende o convencimento. Sábado tem mais com o General Newton Cruz.
A Sony – Esse feriado fui a Sony Style no Park shopping em Brasília. Tava atrás do God Of War III. Fui tratado como uma besta por um gerente vestido como mafioso cafona, com camisas de risca de giz mal acabadas e calças no mesmo ‘Style’. Aquelas mangas e golas brancas... Faz favor... Que cafona! E, além disso, grosseiro! Que fique claro: Em qualquer lugar do planeta você compra produtos da Sony, até na feira, e sempre mais baratos do que na loja oficial, portanto se vamos a uma loja de fábrica o que esperamos é atendimento de qualidade e já que vamos pagar mais por essa qualidade que ela, pelo menos, exista!
quarta-feira, 31 de março de 2010
Arsenal 2x2 Barcelona
Jogão! Futebol bem jogado. Time a time o Barcelona jogou mais. Chutou mais. Teve mais posse de bola e naturalmente deixou a impressão que no jogo de volta, lá em Barcelona, à parada vai ser frenética. Mas o Arsenal não está morto. Vencido o medo, que nos meninos do Arsenal durou até o meio do segundo tempo de hoje, tive a impressão de que há, ainda, chance. Go Gunners!
Comunidades Alternativas
domingo, 28 de março de 2010
Cala boca Galvão!
quinta-feira, 25 de março de 2010
Sobre o dedo do Ronaldo e outras ‘malcriações’!
Intempestivo que sou acabo sempre sendo acusado de malcriado. Inclusive por amigos bem queridos. Convivo bem com isso. Raramente minhas respostas de sopetão carregam diferenças pessoais. O que acontece é que quando algo me inquieta eu digo. Pronto. Tem gente que pensa, que reflete, que chora, que ri e tem gente que dá o dedo. Em riste o dedo do meio, mandando tudo para aquele lugar. Ora bolas foi o que aconteceu com o Ronaldo ontem e publicado em todos os meios de comunicação hoje. Portanto não posso acusá-lo de nada e nem a imprensa de mostrar o dedão do jogador. Seria incongruente de minha parte. Incongruente até mesmo porque não podemos esperar coisas diferentes de jogadores de futebol e da imprensa. Não podemos imaginar o Ronaldo filosofando sobres suas leituras do volume II da História da Sexualidade, o Uso dos Prazeres de Foucault ao ser acusado, por um grupo de torcedores de gostar de sair com travestis e nem imaginar a imprensa deixando pra lá o dedo em riste do Ronaldo, afinal ela, a imprensa, fez dele, o Ronaldo, Fenômeno. Mas depois do meu post de ontem não poderia deixar de estabelecer um paralelo. E propor outras questões. Será que o Ronaldo ficou de saco cheio de só ver na imprensa o tal “caso Isabela” e resolver partir para o contra-ataque? Será que o Ronaldo leu meu blog e carregou a bandeira do: - Vamos mudar de assunto, por favor? Acostumado que está aos holofotes se martirizou por todos nós que não suportávamos mais bate boca de advogado? O Corinthians (eita nomezinho feio!) perdeu ontem. Péssima atuação de Ronaldo mais uma vez. Mas depois do jogo... Golaço de Ronaldo! Ele continua o craque que sempre admirei. (Foto de Paulo Pinto da Agência Estado)
quarta-feira, 24 de março de 2010
Me apresentar os problemas tudo bem! Mas não venha me dizer como pensar.
terça-feira, 23 de março de 2010
Recursos para pesquisa
Vejam só essa notícia extraída do Uol.
“A Última Ceia, compartilhada por Jesus e seus discípulos, segundo os Evangelhos, foi sendo representada pelos artistas com pratos cada vez maiores e com alimentos mais abundantes, à medida que passavam os séculos, assinalam professores americanos. Brian Wansink, professor de Economia Aplicada da Universidade Cornell de Nova York, e seu irmão Craig Wamsink, professor de estudos religiosos do Virginia Wesleyan College de Norfolk e pastor presbiteriano, analisaram 52 dos mais famosos quadros que representam a Última Ceia, concebidos entre os anos 1000 e 2000. Recorrendo à ajuda de computadores, os dois descobriram que, de século em século, o tamanho dos pratos colocados diante de Jesus e seus 12 apóstolos, comparados com o tamanho médio da cabeça dos personagens, aumentava paulatinamente até chegar a um tamanho 65,6% superior no decorrer de mil anos. O tamanho do prato principal aumentou 69,2% e o pedaço de pão, 23,1%. Entre os que se pode discernir o conteúdo do prato principal, o pescado é usado em 18%, o cordeiro em 14% e a carne suína em 7%. A porcentagem restante dos alimentos representados é impossível de identificar.” Tem hora em que eu me pergunto pra que servem determinadas pesquisas. Alguns, provavelmente, diriam que são “importantes as representações contidas nas inúmeras últimas ceias”, que por meio delas “podemos ver, desta maneira, como diferentes cristãos, em diferentes épocas, representaram o alimento’ ou ainda, “como essas mudanças podem representar diferentes identidades”. Eu? Só dou risada. (Da minha falta de recursos, - viu?!)
sábado, 20 de março de 2010
Go Gunners!
Minha casa, meu reino!
Estou adorando ficar mais em casa! Meus amig@s mais próxim@s já estão dando risada dessa afirmação. ‘- Como? Ficar mais em casa?’. É..., quem convive comigo sabe que não sou de sair mesmo. Prefiro sem dor de consciência alguma, sem culpa, sem aquela angústia de que o mundo está acontecendo e eu em casa sem ver nada, minha casa a qualquer outro lugar. ‘- Sinal da idade’... me acusam alguns. A Lilian disse no Lilica Replica que eu a enganei, que eu gostava de sair quando éramos namorados e agora... Bom, um eremita encerrado em sua torre de marfim. Daí vocês podem ver como esta afirmação, ‘Estou adorando ficar mais em casa!’, pode, para alguns, ser motivo de risada. Mas é verdade. Fazia muito tempo que não tinha tempo. Mesmo sendo um recluso convicto estava ano passado, trabalhando até 15 horas por dia. E o resultado foi o inesquecível ‘socão’ na fuça. Agora, com óbvia altercação financeira, (e daí?) tenho tido tempo para várias coisas. Ficar acordado até tarde (ou cedo nas madrugadas) é maravilhoso, sobra tempo para botar a leitura em dia o que vem se refletindo nas disciplinas que ofereço na UEG, fazia tempo que as discussões em sala não eram tão boas, leio mais e falo mais. Estou adorando. Outra coisa boa é tempo de trocar idéias com os amigos sobre textos, aulas e dúvidas, Karley, Michelle, Galego, Émile... Como têm sido boas essas tardes e noites de debates. Quero mais, agora tenho tempo. Conviver com a Lilian mais tempo também é especial, jogar juntos, ver nossas séries favoritas juntos na hora que queremos, sem atraso, namorarmos um pouquinho. Uma benção! Continuo recluso, mas muito mais LIVRE!
quarta-feira, 17 de março de 2010
Olá!
É com algum orgulho que fundo hoje esse espaço.
‘Sem mais nem porquê’ verso brilhante da música de Cazuza ‘Boas novas’ me inspira hoje!
Sabe aquela parte? Parece mais comigo, em que ele canta: ‘senhoras e senhores, trago boas novas: eu vi a cara da morte e ela estava viva!’ pois é. É ela que realmente está me perseguindo desde que levantei! Tipo aquelas músicas que você não tira da cabeça o dia inteiro, cantarolando, assoviando... Então, para evitar que ela me consuma em algum canto escuro, a morte, não a música, julgo conveniente e até ousado, blogar antes de morrer. Não que eu espere morrer em breve, longe disso, mas estabelecer, criar e cuidar de um espaço de palavras sempre me deu uma preguiça mortal. Pretensões de vencer a morte apartadas inauguro este espaço como uma motivação para o diálogo e outra para o encontro. Nos vemos por aqui.